Café conilon do Espírito Santo ganha destaque na Coreia do Sul

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O café conilon capixaba acaba de obter uma importante conquista para ampliar a presença no mercado asiático, um dos mais tradicionais do mundo. Nesse final de semana foi confirmada a classificação “ótima qualidade” para as amostras de conilon cereja descascado enviadas às rodadas internacionais de degustação das torrefadoras de cafés especiais na Coreia do Sul.

“O mercado asiático é crescente em termos de consumo de cafés especiais e a valorização do conilon de qualidade é uma oportunidade significativa para ampliar a renda dos cafeicultores capixabas”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.

Ao todo, foram enviadas para as rodadas internacionais de degustação de café do grupo dos robustas, onde o conilon está inserido, dez amostras de conilon cereja descascado de produtores de Santa Teresa, Jaguaré, Vila Valério e Castelo. O produto capixaba foi avaliado e experimentado juntamente com amostras de cafés especiais produzidos em Uganda, Vietnã, Indonésia e Costa do Marfim.

“Em parceria com o Governo do Estado estamos encaminhando amostras do nosso conilon cereja descascado a todos os importantes eventos de degustação internacional, pois o uso dessa espécie de café é crescente nas preparações de bebida de qualidade”, ressalta o degustador Arthur Fioroti, da Conilon Brasil, responsável pelo envio das amostras e que atua em conjunto com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) para promover a melhoria da qualidade do conilon no Espírito Santo.

O marco dessas participações internacionais foi a presença do conilon capixaba na 24ª Feira Anual da Associação Americana de Cafés Especiais (Specialty Coffee Association of América – SCAA), realizada em abril, na cidade de Portland, nos Estados Unidos.

No ano em que o conilon completa 100 aos de existência no Espírito Santo, o Estado se consolida como maior produtor do Brasil. Para a atual safra, que está no final da colheita, a previsão é que sejam produzidas 9.4 milhões de sacas, um recorde. Entretanto, a produção de cafés de qualidade ainda é pequena. Atualmente, 40 produtores capixabas se dedicam à produção do tipo cereja descascado, gerando cerca de 15 mil sacas por ano. Trabalhando a qualidade, o produtor comercializa o café com melhores preços. O acréscimo é de 40%.

Para garantir presença no mercado de cafés especiais, o desafio posto é ampliar o volume de produção do cereja descascado em relação à produção total de conilon, tendo em vista que o mercado exige quantidade e pontualidade de entregas. “Cada vez mais o mercado de café dos robustas está diferenciando por qualidade o conilon, que, gradativamente, tem mais espaço nos blends”, afirma Bergoli.

A evolução da produção de conilon de qualidade no Espírito Santo é evidente. Neste ano de 2012, por intermédio da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), foi realizado o primeiro embarque com oito contêineres de conilon cereja descascado exportados para Rússia. Outro mercado potencial é o do Japão. O país asiático, que é tradicional consumidor de cafés especiais de arábica, pode se traduzir também num promissor consumidor do conilon.

Conilon especial ao alcance dos capixabas – Os cafés enviados para degustação na Coreia do Sul, bem como outros cafés de qualidade superior produzidos em terras capixabas, puderam ser consumidos pelo público em geral, no espaço institucional do Governo do Espírito Santo, durante a 36º Exposição Estadual Agropecuária, GranExpoES 2012, realizada entre os dias 8 e 12 de agosto.

Os baristas apresentaram para degustação vários tipos de preparação, como o expresso e café coado tradicional. As misturas (blends) são compostas com até 60% de conilon especial.

Fonte: Ascom SEAG

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