Café conilon cultivado em altitude é realidade na Serra do Caparaó, no ES

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O café conilon é conhecido por seu grande volume de produção e pelos custos mais acessíveis comparados aos do café arábica, além de ser cultivado em baixas altitudes – cenário que, com o auxílio da ciência, tende a mudar. Agricultura e pesquisa já caminham juntas em um novo panorama, em que a espécie também conhecida como robusta é levada às montanhas capixabas.

Em Ibitirama, na Serra do Caparaó, o Sítio Terra Alta atua na cafeicultura com sua quinta geração de produtores, vindos da Itália no pós-guerra e estabelecendo-se na região após a Crise do Café, em 1929. Logo após essa época, os cafeicultores receberam estudiosos do Instituto Brasileiro do Café (IBC) em contrapartida a um empréstimo feito ao Banco do Brasil. Com pós-doutorado em clima, concluído em Portugal, o agrônomo Lima Deleon é o membro da família que atualmente reforça o elo entre a ciência e o campo.

Nesta safra, elas darão frutos e posteriormente serão analisadas pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, formado por diversas instituições do ramo.

OBJETIVOS DA PESQUISA

O objetivo do atual estudo de café conilon em altitude é encontrar uma variedade que possa ser cultivada em porte semelhante ao do café arábica, aumentando a produtividade com os mesmos custos de manejo, sendo um balanço entre vigor e produção, e que não seja suscetível à doença de altitude que afeta a espécie.

Outros fatores que serão analisados e geram expectativas nos pesquisadores são aqueles relacionados às características sensoriais desse café na xícara do consumidor final e à comparação com o produto dos demais cultivos espalhados pelo Estado.

A colheita será iniciada entre os meses de maio e junho, e já no final deste ano teremos um caminho para o café conilon em cafezais localizados em maiores altitudes, rompendo o mito do plantio de conilon exclusivamente em baixas altitudes e reforçando um trabalho trilhado há anos. Já existem outras propriedades da região do Caparaó participando de iniciativas semelhantes, como é o caso do Sítio Café do Príncipe, em Iúna.

Fonte: A Gazeta

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