Café: chuva atrapalha colheita no Paraná, São Paulo e Minas Gerais, prevê Somar

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As chuvas dos últimos dias vêm atrapalhando o andamento da colheita em quase todas as regiões produtoras do Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais. Sendo que as lavouras paranaenses e do sul de São Paulo foram as mais afetadas pelas chuvas. Nessas últimas regiões citadas, a colheita não avançou nesse período e houve perdas por causa do excesso de umidade e queda prematura de grãos. A avaliação faz parte do boletim semanal agrometeorológico da Somar Meteorologia.

O excesso de umidade sobre as plantas e os baixos índices de luminosidade causaram um aumento nos índices de grãos atacados por fungos, principalmente naqueles que já estavam em fase mais adiantada de maturação. Com isso, houve uma forte depreciação na qualidade desses grãos. Portanto, a oferta de cafés de qualidade esse ano tanto no Paraná quanto em São Paulo deverá ser menor, haja vista todas essas intempéries climáticas ocorridas ao longo de todo o mês de junho.

Além disso, segundo o boletim houve uma aceleração na maturação dos grãos nas lavouras afetadas pelas condições meteorológicas descritas acima, o que levará o produtor a acelerar nos trabalhos de colheita em julho, para que não haja mais perdas.

Em Minas Gerais, as condições são bem melhores, pois os volumes de chuvas ocorridos ao longo do mês de junho, apesar de terem ficado acima da média, não foram suficientes para atrapalhar o andamento da colheita e nem a secagem dos grãos nos terreiros. Assim, o que se observa no campo são índices de produtividade e de qualidade muito bons. Já na região sul de Minas, as chuvas provocaram interrupções na colheita e também na secagem dos grãos, contudo, não houve danos tão severos à produção dessa região.

Por outro lado, essas chuvas afetaram a qualidade dos grãos de algumas lavouras, uma vez que o tempo mais fechado e úmido acelerou a sua maturação, levando a uma passagem muito mais rápida entre o grão verde e o passa, afetando substancialmente a qualidade, dando características indesejáveis à bebida. Assim, a oferta de cafés de qualidade no sul mineiro também deverá ser menor esse ano, em relação as perspectivas que o mercado tinha para essa região.

Para essa semana não são esperadas chuvas para nenhuma região produtora do Sudeste e tão pouco para o Paraná, com isso os trabalhos de colheita e secagem dos grãos serão retomadas. Para esse mês de julho, as previsões meteorológicas indicam um mês bem mais seco do que o anterior, com pouquíssimos eventos de chuvas que, mesmo que venham a ocorrer, serão de baixa intensidade e, portanto, não irão prejudicar a produção e a qualidade do café.

Com relação às temperaturas, os modelos continuam apontando para um frio mais intenso no mês de julho. Mas, até o momento, não há indicativos de que possa a vir ocorrer formação de qualquer tipo de geada, até porque as menores mínimas registradas estão em 5C entre os dias 19 e 22 de julho. Ou seja, não são temperaturas para provocar geadas. As informações são do Boletim Semanal da Somar Meteorologia.

Fonte: Agência Safras (Laura Ruschel)

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