Café brasileiro em busca de mercado na Rússia

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O café brasileiro está buscando maior aceitação na Rússia. Desta forma, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) organizou um seminário sobre o mercado russo de café na Feira Anual World Food Expo, realizada em Moscou. O a iniciativa dos produtores do Brasil foi desenvolvida em colaboração com os empresários da RusTeaCoffee Association (Associação Russa para o Chá e o Café).

O presidente da entidade da Rússia, Ramaz Chanturia, que congrega 19 empresas e colabora intensamente com o Ministério da Agricultura do país, diz que os russos, habitualmente, preferem consumir chá, mas têm demonstrado gostar muito de café. Antes, o produto solúvel era o preferido, mas, pouco a pouco, o café está conquistando os consumidores.

A atriz Nonna Grishayeva e a patinadora Irina Lobachyova aderiram ao novo hábito russo de tomar café

Em entrevista concedida à repórter Anna Trofimova, da Gazeta Russa, o gerente do Centro de Negócios da Apex em Moscou, Almir Ribeiro Américo, disse que o seminário apresentou dados consolidados sobre o mercado da Rússia. Residindo no país desde os anos 1990, o executivo brasileiro declarou que, por ter uma vasta experiência de trabalho com as empresas russas, pode assegurar que o mercado local oferece boas perspectivas para os produtores do Brasil de café.

Tradicionalmente, os russos costumam preferir chá ao café. Por isso, os maiores concorrentes do café no mercado russo são os fabricantes de chá, que vendem seu produto por um preço mais acessível. Mesmo assim, na década de 1980, quando a Rússia começou a fazer grandes compras dos produtos estrangeiros, os produtores brasileiros de café entraram rapidamente na corrida pelo mercado russo. Naquela época, as marcas “Cacique” e “Pelé” eram as mais populares.

Com o fim da União Soviética, os governadores deixaram de centralizar as importações no governo federal e a forte demanda de café fez com que os agentes se multiplicassem. O mercado russo de café abriu então suas portas para produtores de outros países e logo surgiram empresas como Nestle Kuban e Kraft Foods Russia.

Almir Ribeiro Américo acrescentou que, pelas estatísticas da Central de Negócios de Moscou, o café solúvel sempre foi o tipo preferido pelos consumidores russos. Além disso, entre 2000 e 2008, a Rússia registrou crescimento de 8% no consumo de café. O gerente da Apex aprofundou os seus estudos sobre o mercado russo de café e atribuiu a sua expansão a alguns fatores, como mudança geral dos hábitos da população, crescimento geral da renda, melhoria da qualidade de vida e marketing pesado por parte das empresas fabricantes de café.

Fonte: Diário da Rússia

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