Café brasileiro de qualidade passou a fazer parte do mercado futuro no contrato C

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A entrada do café arábica brasileiro no contrato futuro da Bolsa de Valores de Nova York, no final do ano passado, gera expectativas em produtores e exportadores do setor de aumento da participação no mercado norte-americano. Segundo o diretor da Porto de Santos, Nelson Carvalhães, a empresa embarca 25 containers com 470 sacas do grão cada semanalmente para a Itália. Ele aponta que a notícia representa um atestado de qualidade.

– É um reconhecimento pela qualidade do café brasileiro. Até então não havia esse reconhecimento, apesar de nós, exportadores, sabermos que temos, além de uma quantidade fantástica para oferecer para o Exterior, também qualidade – aponta.

O Brasil tenta a entrada do café na bolsa de Nova York há mais de 10 anos. O produto que passou a fazer parte do mercado futuro no contrato C é o lavado, com entregas a partir de março de 2013.

– O contrato C, na visão do senso comum de qualidade do café, representa os cafés que, preparados pela via úmida, são considerados os de qualidade mais expressiva – diz o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga.

O grão entregue em Nova York terá um desconto de US$ 0,09 por libra-peso. Porém, segundo Braga, esta taxa deve cair ao longo do tempo.

– Não nos preocupou naquele momento este deságio, porque ele vai sendo avaliado ao longo do tempo e corrigido, como aconteceu com todos. Hoje, por exemplo, isso não tem uma importância maior porque os preços fixos nos mercado são superiores aos da bolsa – afirma.

Para o produtor brasileiro, a principal vantagem é poder fixar o preço do seu produto com mais precisão, conforme o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro.

– Estimulará mais aquele comprador lá fora para que ele possa adquirir o café do Brasil e ter como “rediar” na bolsa, o que não era plausível ou permitido antes. Então, é uma nova oportunidade que eles têm de recompor o estoque. Isso é muito importante – opina.

Fonte: Canal Rural

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