Café: Brasil apresenta ações de combate a mudanças climáticas em Fórum Mundial

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Vanusia Nogueira, diretora da BSCA, exibirá, na Colômbia, trabalhos realizados pelo Brasil para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na cafeicultura (Foto: Divulgação BSCA)
Vanusia Nogueira, diretora da BSCA, exibirá, na Colômbia, trabalhos realizados pelo Brasil para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na cafeicultura (Foto: Divulgação BSCA)

O Brasil terá papel de destaque no Fórum Mundial de Produtores de Café, que será realizado em Medellín, na Colômbia, de 10 a 12 de julho. A diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vanusia Nogueira, participará do evento como uma das oradoras do painel “Adaptação a Alterações Climáticas na Produção de Café” e apresentará o resultado dos investimentos em pesquisa e tecnologia que o País tem implantado para combater os efeitos causados pelas mudanças climáticas na cafeicultura. A participação integra as ações do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, que a entidade desenvolve em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Em seu painel, a diretora da BSCA apresentará um vídeo, ao som de “Águas de março”, de Tom Jobim, que demonstrará os problemas causados pelas alterações do clima e o que o Brasil faz para manter a sustentabilidade na atividade cafeeira. “Os danos que as mudanças climáticas podem causar são preocupantes, gerando, entre outros, perda de produtividade e quebra de produção, aumento da incidência de pragas e doenças, menor disponibilidade d’água e insegurança quanto à qualidade do café. Por outro lado, há saída para prevenir ou mitigar os efeitos danosos, como as que o Brasil vem realizando”, explica.

Segundo Vanusia, é necessária a adoção de um conjunto de ações para que as alterações atmosféricas não impactem a sustentabilidade da cafeicultura, lição que o Brasil desenvolve exemplarmente. “Apresentaremos ao mundo que temos investido em educação aos produtores para alcançarmos o maior nível de consciência ambiental e em trabalhos de pesquisa para a obtenção de variedades mais produtivas e resistentes. O produtor brasileiro aplica os conhecimentos obtidos ao realizar consórcio de café com culturas forrageiras, fertilização orgânica, coleta de água, estruturando bacias de contenção, e conservando as áreas de preservação permanente e florestas”, destaca.

No Fórum, o Brasil será o único país produtor com a participação de dois oradores nos painéis de debate. A segunda representação nacional está a cargo do presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, que mostrará as ações do País para a preservação do meio ambiente e a geração de empregos e renda a milhões de pessoas, chamando a atenção à necessidade de os demais segmentos da cadeia produtiva compartilharem esses custos para, de fato, a sustentabilidade ser exercida em seu tripé ambiental, social e, principalmente, econômico.

SOBRE O EVENTO
De acordo com a organização do Fórum Mundial de Produtores de Café, o evento será uma oportunidade para abrir um diálogo global, coletivo, construtivo e abrangente para enfrentar os desafios da cadeia de valor do café sob o princípio da corresponsabilidade, entendida como a necessidade urgente de garantir a sustentabilidade do café nas próximas décadas.

Este será o maior evento voltado aos países produtores nos últimos 20 anos e, além dos painéis de debate, também serão organizados Grupos de Trabalho para discutir, em nível mundial, produção e produtividade, volatilidade de preços, trabalho e sucessão familiar e mudanças climáticas.

As conclusões dos grupos de trabalho serão agregadas no documento “Declaração do Fórum dos Produtores de Café”, que apontará os problemas da cafeicultura mundial e proporá soluções. O objetivo do Fórum é encontrar respostas para duas perguntas: “Hoje, a cafeicultura mundial é sustentável sob o ponto de vista do produtor?” e “O que podemos fazer coletivamente para corrigir os problemas que se apresentam?”.

Para a diretora da BSCA, o conteúdo que será exposto pelo Brasil no Fórum evidenciará o exemplo nacional na preservação ambiental e na geração de emprego e renda, mas também apresentará a necessidade de os demais atores da cadeia produtiva compartilharem o preço da sustentabilidade com o setor produtor. “Há tempos somos referência em pesquisa, tecnologia, produção, exportação e consumo. Diante das dificuldades que surgem, sempre encontramos o melhor caminho para superá-las e acredito que dividirmos essa expertise com as demais nações contribuirá sobremaneira para a elaboração da declaração final do fórum e mostrará que, apesar de adversidades, como as mudanças climáticas, o Brasil continua sendo A Nação do Café”, conclui Vanusia.

SOBRE O PROJETO SETORIAL
O “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido em parceria pela BSCA e pela Apex-Brasil, tem como foco a promoção comercial dos cafés especiais brasileiros no mercado externo. O objetivo é reforçar a imagem dos produtos nacionais em todo o mundo e posicionar o Brasil como fornecedor de alta qualidade, com utilização de tecnologia de ponta decorrente de pesquisas realizadas no País. O projeto visa, ainda, a expor os processos exclusivos de certificação e rastreabilidade adotados na produção nacional de cafés especiais, evidenciando sua responsabilidade socioambiental e incorporando vantagem competitiva aos produtos brasileiros.

Iniciado em 2008, a vigência do atual projeto se dá entre maio de 2016 ao mesmo mês de 2018 e os mercados-alvo são: (i) EUA, Canadá, Japão, Coreia do Sul, China/Taiwan, Reino Unido, Alemanha e Austrália para os cafés crus especiais; e (ii) EUA, China, Alemanha e Emirados Árabes Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem. As empresas que ainda não fazem parte do projeto podem obter mais informações diretamente com a BSCA, através dos telefones (35) 3212-4705 / (35) 3212-6302 ou do e-mail [email protected].

Fonte: Assessoria de Comunicação da BSCA – Brazil Specialty Coffee Association (Por Paulo André Colucci Kawasaki)

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