Brasil exporta menos café aos árabes
No primeiro mês do ano passado, o Brasil exportou 116,8 mil sacas de café ao mercado árabe. A quantidade embarcada em janeiro deste ano foi oito mil sacas inferior, o que significa redução de 7%. Na mesma comparação, a receita recuou mais, em 15%. Em janeiro de 2017, o Brasil gerou US$ 19,6 milhões com esse comércio.
Mesmo assim, os países árabes mantiveram sua participação nas exportações de café do Brasil no último mês, com 4% do total. Nenhuma nação da região, no entanto, consta na lista dos dez maiores importadores do produto brasileiro, formada, em ordem crescente, por Alemanha, Estados Unidos, Japão, Itália, Bélgica, França, Turquia, Reino Unido, Canadá e Rússia.
No geral, as exportações de café do Brasil também recuaram em janeiro, em 5,9% em volume sobre o primeiro mês do ano passado. O País enviou ao exterior 2,4 milhões de sacas. A receita cambial gerada foi de US$ 400,9 milhões, com queda de 13,9%. O recuo maior no faturamento do que no volume é resultado da redução de 8,5% nos preços sobre janeiro de 2017. Naquele mês o café foi exportado a uma média de US$ 175,90 a saca, enquanto no mês passado a US$ 161.
Em material divulgado, o Cecafé ressaltou, no entanto, a exportação dos cafés diferenciados, que tiveram participação de 21,1% nas vendas internacionais. No mesmo mês de 2017, essa participação era de 14,9%. O total de sacas de café diferenciado exportadas foi de 524,8 mil. Esse café é vendido a um preço médio maior. Em janeiro custou US$ 189,39 a saca.
O presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, afirmou que o resultado da exportação em geral já era esperado. “Acreditamos que o ritmo seguirá mais lento até a entrada da nova safra, que trará uma expectativa melhor”, disse ele em material divulgado, ressaltando as boas perspectivas da produção em função do fator climático, com alto nível de chuvas.