Bertone: Governo não tem pressa de vender café de 2009

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Não há uma data para o governo brasileiro iniciar as vendas do café comprado em 2009 por meio de contratos de opções, afirmou nesta terça-feira o secretário de Produção e Bionergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone. "A gente não tem pressa", declarou Bertone, ontem (31), antes do 4º Fórum & Coffee Dinner, promovido pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

O café de 2009, em um volume de 1,55 milhão de sacas, é considerado de ótima qualidade, assegurou Bertone, e poderia dar algum alívio para um mercado com escassez de bons produtos.

Questionado se o governo aguardaria melhores preços para vender o café, Bertone indicou que esse não é o objetivo. Ele disse somente que a política governamental visa estabilizar o mercado. "A lógica é nós colocarmos volumes modestos [para vendas] ao longo da safra, no auge vai ser volume menor".

O Brasil está iniciando atualmente a colheita de café arábica nas principais regiões produtoras.

Embora não exista uma decisão sobre a venda do café de 2009, quando o governo entrou no mercado para sustentar os preços, que estavam pressionados, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) tem feito leilões de venda de cafés mais antigos dos estoques públicos. Porém, com preços considerados altos pelo mercado, os pequenos volumes ofertados nos leilões da estatal têm tido pequena procura.

Desde janeiro, o governo comercializou cerca de 40 mil sacas de seu café. Ele tem ainda em seus estoques, além das 1,55 milhão de sacas das opções de 2009, 90 mil sacas das compras feitas na safra 2002/2003 e 450 mil sacas de grãos da década de 80.

Os cafés da década de 80 estão sendo ofertados a R$ 220 por saca, enquanto o café de 2002/03, a R$ 400. No mercado, o café de boa qualidade está sendo cotado em torno de R$ 500 por saca.

Segundo Bertone, o café de 2009 só será colocado à venda após o governo esgotar o lote de 2002/03. 

Fonte: Equipe CaféPoint.

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