BB aumentará oferta de hedge para cafeicultores; papéis de 5 anos

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Aproveitando o bom momento dos preços, o Banco do Brasil expandirá a oferta de hedge para os produtores de café com papéis de prazo de cinco anos. Atualmente, a instituição apenas trabalha com prazo de um ano para soja, milho, boi e o próprio café. A expectativa é a de que, até o final do próximo mês, os interessados já encontrem essa ferramenta de proteção.

O gerente-executivo do agronegócio do BB, João Rabelo, ressaltou que os preços estão atrativos e que este seria um bom momento para o produtor garantir seus ganhos. Ontem, a saca de café fechou a R$ 478,75 (cotação atualizada pela assessoria do CNC), segundo o indicador do Cepea, acima do nível histórico de R$ 250,00 por saca verificado antes da alta recente dos preços. "Com a volatilidade grande, é importante travar preços", considerou o gerente-executivo.

O BB fez um convênio com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) para que haja uma maior divulgação desses contratos de opção. Segundo o BB, desde que a ferramenta foi lançada, em julho de 2009, a instituição já negociou R$ 1 bilhão em contratos, o que é considerado um bom volume pelo banco. No momento da divulgação do produto, no entanto, a estimativa inicial era destinar R$ 1,5 bilhão para o hedge. Na ocasião, apenas havia proteção para milho e soja.

O instrumento tem como objetivo levar ao mercado futuro de opções o produtor que não tiver intimidade com negociações em bolsa. A instituição fica a cargo de toda a operação e o produto pagará ao banco uma taxa entre 0,95% e 3,0% do valor total a ser custeado. Na operação de hedge ofertada, o agricultor adquire um contrato de opção de venda de seu produto na bolsa por um determinado preço. Assim, ele assegura o direito de receber um valor previamente acertado pela colheita em um determinado prazo, no caso agora, de cinco anos.

No dia do vencimento, se o preço de mercado estiver abaixo do valor segurado, ele poderá usar a opção e receber o valor combinado. Caso o preço de mercado esteja acima do contratado, a tendência é a de que o produtor não exerça a opção, comercializando normalmente a produção. Se para o produtor a ferramenta auxilia em um menor impacto causado pelas variações bruscas de preços, para o Banco do Brasil uma das vantagens é que se diminui a solicitação de recursos do Tesouro Nacional para cobrir eventual falta de pagamento por parte do agricultor que sofreu com a oscilação e não tem como honrar suas dívidas.

Fonte: Agência Estado 

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