Atraso na compra de insumos pode gerar gargalo logístico

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De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), Henrique Mazotini, as compras de defensivos agrícolas para o ciclo 2016/2017 estão atrasadas em relação à safra anterior. E embora o produtor tenha o costume de fazê-las por último, depois de sementes e fertilizantes, o atraso de 40% em relação ao mesmo período do ano passado preocupa.

“Isso deve provocar um gargalo logístico”, diz Mazotini. O alerta do presidente da Andav é para que o produtor decida-se o mais rápido possível e evite que a demanda acumule num curto espaço de tempo. “Não vamos ter falta de produto, que isso fique bem claro, mas a demanda concentrada gera sim um problema de fornecimento e risco de abastecimento”, afirma. Possíveis reflexos a curto prazo são a elevação do preço do frete e a impossibilidade de que os produtos sejam entregues no período adequado.

No ano passado, até o final de junho e início de julho, 80% da demanda por defensivos já havia sido negociada.

Preços – Mazotini atribui a diferença de comportamento do produtor à insegurança política e flutuação cambial recentes. Os preços dos agroquímicos, segundo ele, mantiveram-se estáveis. “Houve apenas adequações diante da variação do dólar. Mas nada que impacte os custos de produção”, diz.

No caso de sementes e fertilizantes, o volume de compra registrado até agora é superior àquele apurado nesta mesma época do ano durante a safra passada. Segundo Mazotini, os fertilizantes, inclusive, tiveram redução de preço.

Perspectiva – “Para esta safra, a expectativa é ter crescimento de 10% no faturamento do setor”. Em 2015, o mercado de distribuição de insumos agropecuários – sementes, fertilizantes, defensivos e medicamentos veterinários – faturou R$ 34 bilhões.

Fonte: Portal DBO (Por Marina Salles)

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