ATeG: cafeicultor contorna impacto da seca

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A lavoura viçosa do cafeicultor Antônio César Vieira, em Muzambinho, mostra que as orientações técnicas, intervenções no solo e o tratamento das plantas, sugeridos pela equipe técnica do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), deram resultado. Antes bastante depauperada por causa da seca e de doenças, agora, sete meses após o início dos trabalhos, a plantação faz o produtor garantir: “Confio 100% nos técnicos. Quem participa do ATeG não se arrepende.”

Antes do Programa ATeG e depois: transformação total em apenas sete meses

Cafeicultor há 23 anos, Antônio tem, hoje, 60 mil pés de café em 18 hectares na Fazenda Bela Vista. Ele também produz leite, produto que o fez conhecer o ATeG, do qual já participou para aprimorar a gestão e a produção leiteira. A assistência na cafeicultura ocorre desde julho de 2020, quando começou o acompanhamento do engenheiro agrônomo Marcos Bruno dos Santos.

Segundo o técnico, em agosto, apesar da seca, a lavoura tinha produtividade razoável. Os problemas começaram depois da colheita: a plantação foi ficando debilitada, ressecando muitos ponteiros e com desfolha. As plantas enfraqueceram e adoeceram. Cerca de dois hectares da produçao ficaram bastante debilitados.

“Anteriormente, havia plantio de milho para silagem no local, e chegamos à conclusão de que não houve um processo de subsolagem na área total para implantação do café. Assim, fizemos a assistência priorizando o equilíbrio de nutrientes, drenagem, ações no solo, muito compactado e com pouca expansão radicular das plantas, e adubação foliar e com matéria orgânica. A maior parte do que foi usado já era da propriedade e foi um trabalho sem alto custo. Promover benefícios com o menor custo possível é o que queremos”, explicou o técnico.

Antônio Vieira e o técnico Marcos dos Santos (de verde)

Para o produtor, as recomendações e orientações técnicas mudaram muito a propriedade. “Eu já conhecia o ATeG Leite e agora tenho ainda mais certeza do resultado do trabalho. Na lavoura, enfrentamos o problema da seca e entramos com as adubações corretas. O resultado foi muito bom! Outro aspecto que melhorou foi o tratamento nas épocas certas. Com as visitas mensais do técnico, não atrasamos”, disse o cafeicultor.

O técnico também verificou problemas relacionados à gestão, mas o trabalho dos últimos meses já mudou a visão de Antônio, que valoriza mais a organização e os valores. “Começamos com as planilhas e está tudo certo. Vamos acompanhando e acho que, no final, vai dar um fechamento legal e o custo de produção vai melhorar”, afirmou o produtor.

Diferencial

A melhoria na lavoura mostra a importância do acompanhamento técnico. “O diferencial do ATeG é estar todo mês na propriedade acompanhando de perto a operação e os resultados”, afirmou o supervisor, que também é doutor em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (Ufla).

“No agro hoje, não há mais espaço para ficar apenas na produção, sem atenção para a parte gerencial. A cadeia está selecionando os produtores dessa maneira. O ATeG faz com o que o produtor mude esse pensamento e consiga ter ferramentas para uma gestão eficiente e que gere lucros”, destacou o técnico.

Rodrigo Dias, supervidor do ATeG Café na região em trabalho em campo

Trabalho em equipe

O técnico de campo destaca que a solução para o problema foi resultado de um trabalho envolvendo outros técnicos e o supervisor do ATeG Café na região, Rodrigo Dias. “Foi um trabalho em equipe. Sempre recorremos e conversamos com outros profissionais. Por isso, a importância da união e do alinhamento técnico em nossas reuniões”, afirmou Marcos Bruno.

Esses encontros mensais proporcionam a discussão de temas técnicos e troca de experiências. “Assim, melhoramos o nível técnico e podemos alcançar melhores resultados”, explicou o supervisor.

Fonte: Senar MG