ATeG Café+Forte: Casal do Sul de Minas conquista crescimento de 114,7% na receita

Imprimir
O casal Graucia Juliana Cassimiro Dias e José Dirceu Dias comemora os excelentes resultados na propriedade com as orientações do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte, do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Em apenas dois anos, os cafeicultores reduziram a quantidade de adubos em 48% e aumentaram a produtividade em 61%. Comparado com a safra de 2018/2019, a receita da propriedade aumentou em 114,7% em 2019/2020

O sítio Nossa Senhora Aparecida fica na divisa dos municípios Heliodora e Lambari. Após interpretação da análise de solo, feita pelo técnico de campo Krauss Cabral, a família reduziu os gastos com adubação. “Quando o técnico chegou, meu marido não queria seguir as orientações, pois achávamos que seria pouco adubo para a lavoura. Mesmo assim, seguimos todas as indicações. Melhoramos na produtividade, faturamento, manejo, estrutura e adubação. Faltam palavras para agradecer ao programa e ao Krauss”, destacou Graucia.

Filha de produtor, Graucia também faz parte da Associação das Mulheres Empreendedoras do café da Serra da Mantiqueira (AMECAFÉ). Os filhos do casal, Betânia, de 6 anos, e Arthur, de 12 anos, já demonstram amor pela cafeicultura. “Consigo sentir o carinho dos meus filhos pelo café. O Arthur fica empolgado para receber o técnico. Durante as visitas, ele tira dúvidas e diz que quer trabalhar com o pai”, contou.

Para o técnico, a família estimula a sucessão familiar e a continuidade do negócio. “Consigo perceber empolgação nos filhos do casal. Durante as visitas, a Betânia sempre pergunta como está o talhão dela, que, em tese, seria um replantio que fizemos com plantas novas. O Arthur fica todo empolgado e faz várias perguntas muito pertinentes. A sucessão familiar está sendo trabalhada da melhor forma possível”.

Números

Na safra 2018/2019, ano caracterizado pela baixa produtividade, o casal produziu 150 sacas em 4,47 hectares, totalizando 33,6 sacas por hectare. Em 2019/2020, colheu 242 sacas na mesma área, com 54,1 sacas por hectare. Em 2020/2021, também de baixa produtividade, trabalhou em uma área menor, com 3,47 hectares, e a expectativa de colheita é de 200 sacas, totalizando 57,6 sacas por hectare. Sendo assim, comparado com a safra de 2018/2019, em 2019/2020 a produtividade aumentou em 61% e, em 2020/2021, a estimativa de aumento é de 71%.

Comparado com a safra de 2018/2019, a receita da propriedade aumentou em 114,7% em 2019/2020 e, após o pagamento das despesas, a margem bruta aumentou em 203%. Em 2020/2021, ano de safra vigente, a estimativa de aumento na receita é de 57% e, na margem bruta, de 100%.

Seguindo as recomendações técnicas, após a análise de solo, o casal passou de 200 sacos, utilizados em 2018, para 104 sacos, usados em 2020, uma redução de 48%. Neste ano, a estimativa é de 94 sacos, com uma redução em 53%. Esta redução na quantidade de sacos permitiu diminuir em 21% o custo com adubo em relação à renda bruta.

“Quando era utilizado adubo em excesso, a lavoura sofria com mais doenças, por isso, reduzimos o custo com produtos fitossanitários e defensivos. Além disso, a aplicação deste produto requer menos esforço pelo fato de ser um volume muito menor. Agora, depois dessa redução e algumas orientações visando à compra de insumo e venda do café, eles conseguiram boas negociações e já estão com um capital de giro. Desta forma, eles conseguem comprar adubação por um preço direto, com uma redução no custo em torno de 14%, e não precisam vender as sacas de café para pagarem a colheita. Com estes ajustes, estão alcançando ótimos resultados”, explicou o técnico.

Estrutura

Em 2019, havia um terreiro de aproximadamente 1.000 metros quadrados na propriedade. Em 2020 e 2021, eles construíram uma casa para hospedar os trabalhadores durante a colheita, um segundo terreiro, também de 1.000 m² e um barracão, pois possuem um planejamento para começar a trabalhar com secadores.

“Quando fiquei sabendo que o ATeG Café+Forte estava na região, eu me esforcei muito para participar, pois não estávamos evoluindo. Hoje, temos uma qualidade de vida melhor, capital de giro e o meu marido está muito mais empolgado com a atividade. Somos fãs do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Agora, meu marido participa dos cursos do Sistema e indica o Programa para todos os produtores”, completou Graucia.

Fonte: Assessoria de Comunicação de Senar Minas – Regional Lavras (Por Karoline Sabino)