Araponga (MG) recebe primeiro curso de Torra de Café do Senar Minas
O Senar oferecia seminários sobre o tema na Semana do Fazendeiro, em Viçosa, e agora formatou o treinamento para contemplar a parte teórica e também a prática, abordando os aspectos da torra. Para participar, o pré-requisito é que o aluno tenha feito o curso de Classificação e Degustação de Café. “O objetivo é aprofundar na parte teórica e, especialmente, na prática. A proposta é trabalhar os conceitos principais e desenvolver os mesmos cafés em diferentes perfis de torra e poder avaliar o resultado”, explicou o instrutor Marcos Reis.
Para Reis, este é um mercado com potencial e em expansão, mas é necessário ir além da técnica e buscar conhecimento sobre comercialização. “Produtores e filhos de cafeicultores querem conhecer melhor o café e o ponto de torra. Também há cafeterias que estão começando a torrar o próprio café. Mas é importante frisar que não basta torrar para agregar valor. A torra é muito especializada. Tem que ter conhecimento para vender esse café. É preciso força de venda, fazer degustação e abrir o mercado, que ainda é pequeno”, orientou.
O economista Alisson Sather Gripp, de 27 anos, pretende ampliar o negócio da família com a abertura de uma torrefação em Alto Jequitibá, onde a atividade atravessa gerações. “A ideia é assumir a parte de comercialização e aprender sobre a produção também. A gente quer investir na qualidade”, complementou.
A cafeicultora Simone Sampaio atua na produção de cafés especiais no município e pretende agregar valor ao negócio. “A torra é muito complexa e esse treinamento está esclarecendo muitas dúvidas”, contou.
O aluno Valdinei Rezende Lelis trabalha na área há mais de 20 anos e já fez diversos cursos. “Toda oportunidade de buscar conhecimento sempre é importante. Tem acrescentado bastante. Nesse treinamento dá para aprofundar sobre o assunto”, disse.
Fonte: Ascom FAEMG (Por Nathalie Guimarães)