Apreensão de defensivo cresce 7% no ano

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O volume representa um crescimento de 7,6% em comparação ao mesmo período de 2009, quando 18,6 mil quilos de produtos foram apreendidos.

Até agora o mês de janeiro foi o de maior número de apreensões (7.614 quilos), seguido pelo mês de agosto (4.827 quilos). Em setembro foram apreendidos "apenas" 500 quilos, mas a expectativa é que nos próximos meses os volumes aumentem diante do avanço do plantio da safra no Brasil, que começou a ser semeada a partir de outubro. A expectativa do Sindag, inclusive, é que as apreensões superem o volume de 2009 quando quase 25 mil quilos foram impedidos de chegar ao mercado.

"Consideramos que o crescimento das apreensões significa ações mais efetivas dos órgãos responsáveis contra a ilegalidade, especialmente em Estados que possuem grandes fronteiras com outros países", afirma Fernando Henrique Marini, coordenador da campanha contra agrotóxicos ilegais do Sindag.

Segundo Marino, o resultado da fiscalização em 2010 tem um diferencial em relação aos anos anteriores. Historicamente, 95% das apreensões eram de produtos contrabandeados de outros países para o Brasil e apenas 5% eram falsificações. De acordo com o Sindag, em 2010, a divisão entre produtos falsificados e contrabandeados é de 50% para cada lado. "Como está cada vez mais difícil entrar com o contrabando no país, as quadrilhas estão optando por falsificar os produtos", afirma Marini.

Entre os produtos mais procurados pelas quadrilhas os fungicidas são os preferidos. Isso porque, diante das preocupações com a ferrugem da soja, falsificadores e contrabandistas têm apostado no crescimento da demanda por fungicidas. Dos 20 mil quilos apreendidos neste ano até setembro, quase 40% foram de fungicidas.

Dados do Sindag indicam que os produtos contrabandeados e falsificados representam 9% do valor do mercado nacional de defensivos. Isso representa quase US$ 550 milhões por ano. "As quadrilhas estão cada vez mais ousadas e criativas. Na semana passada foram apreendidos cerca de 50 litros e outros 10 quilos em produtos dentro de uma ambulância da prefeitura de Santana do Livramento (RS). Ao que tudo indica, o motorista fazia um "bico" transportando produtos químicos", afirma Marini.

Fonte: Conab

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