Após oscilações, café consegue fechar em alta na ICE Futures na quarta-feira

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Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com ligeiras altas, em uma sessão em que as cotações passaram a maior parte do tempo no lado negativo, diante de uma movimentação bastante fraca, com a grande maioria dos players continuando a se posicionar de lado. No after-hours, o mercado voltou a se inverter e o fechamento se deu no lado negativo da escala.

O volume negociado no dia foi muito baixo e isso permitiu que com apenas alguns lances o mercado tivesse baixas consideráveis para, logo na seqüência, conseguir inverter a tendência e registrar altas. Essa volatilidade, segundo um operador, está totalmente ligada com os volumes exíguos de negócios, não refletindo, efetivamente, nenhuma tendência técnica ou gráfica mais forte.

Além disso, no campo fundamental não se observa novidades e o mercado de café, dessa forma, vai operando com um barco em cruzeiro nestes últimos dias de dezembro, no aguardo de janeiro, quando um volume maior de players estará presente, podendo dar um direcionamento mais adequado aos negócios. As origens se mantém consideravelmente reticentes, em clima de férias, ao passo que as indústrias de torrefação pouco ofertam nas altas bases de preço atuais.

No encerramento do dia, o março em Nova Iorque registrou alta de 35 pontos, com a libra a 239,65 centavos, sendo a máxima em 240,65 e a mínima em 235,15 centavos por libra, com o maio tendo oscilação positiva de 35 pontos, com a libra a 241,00 centavos, sendo a máxima em 241,80 e a mínima em 236,65 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição janeiro teve alta de 25 dólares, com 1.995 dólares por tonelada, ao passo que o março registrou valorização de 27 dólares, com 2.024 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o mercado vive uma fase de extrema calma, algo já tradicional para as commodities no final de ano e nada deverá mudar nas duas sessões remanescentes. Os níveis de preços estão próximos de um range razoável, sendo que alguns ganhos conseguiram ser obtidos nas sessões recentes. "Os ganhos da parte da tarde vieram, em parte, do reflexo do dólar. A divisa voltou a cair consideravelmente em relação a uma cesta de moedas internacionais e isso estimulou os compradores. Como o volume de negócios foi baixo, algumas aquisições já deram suporte para somarmos alguns ganhos, mesmo depois das baixas da manhã", disse um trader.

Segundo operadores, alguns dados dão força a outras moedas e enfraquecem o dólar, como a expectativa positiva de investidores para a economia mundial em 2011, calcada na manutenção da política de estímulos das autoridades monetárias e do crescimento de países chamados de "emergentes". Além disso, o dólar sofre pressão por indicadores mais imediatos, como o índice de confiança dos consumidores dos Estados Unidos, que caiu em dezembro, contrariando a expectativa do mercado, o que deverá fazer com que a recuperação do consumo no país, por exemplo, se torne mais lenta.

As exportações de café do Brasil em dezembro, até o dia 28, somaram 2.441.730 sacas, contra 1.850.309 sacas registradas no mesmo período de outubro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 525 sacas indo para 1.708.374 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em apenas 5.324 lotes, com as opções tendo 1.525 calls e 4.075 puts. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 240,65, 241,00, 241,50, 241,90-242,00, 242,50 e 243,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 235,15, 235,00, 234,50, 234,30, 234,00, 233,50, 233,10-233,00, 232,50 e 232,00 centavos por libra.

Fonte: AgnoCafé

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