Após forte alta, preço do robusta recua em junho

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Depois de atingir o segundo maior valor nominal de toda a série, os preços do café robusta tipo 6, bem como o do 7/8, recuaram em junho. Apesar disso, as cotações ainda se mantêm em patamares elevados. Em junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$ 226,81/saca de 60 kg, queda de 2,1% em relação ao de maio. Já para o tipo 7/8 bica corrida, a média mensal foi de R$ 216,88/saca, recuo de 2,5% no mesmo período. Na Bolsa de Londres (Euronext Liffe), o contrato com vencimento em setembro fechou o dia 30 de junho a US$ 2.499,00/tonelada, recuo de 3,6% em relação ao dia 1º.

Mesmo com queda, demanda garante bons preços para o conilon

Os preços do robusta subiram até meados de junho, impulsionados pelo aumento da demanda pela variedade. A maior procura pelo robusta, por sua vez, esteve atrelada às elevadas cotações do arábica, que motivaram empresas a aumentar a participação do robusta nos blends. Nas últimas semanas do mês, no entanto, com o clima favorecendo a colheita brasileira (tanto de arábica quanto de robusta), as cotações internacionais recuaram, influenciando os preços no Brasil.

Segundo colaboradores do Cepea, no Espírito Santo, a colheita do robusta já está cerca de 70% concluída. Em Rondônia, por sua vez, os trabalhos já estão próximos do encerramento, mas não há estimativas de volume. É preciso considerar, também, que a oferta mundial de robusta será maior nesta safra. Conforme o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a safra mundial 2011/12 desta variedade deve totalizar 54,9 milhões de sacas, volume 5,4% superior ao da temporada anterior.

Para o Vietnã, maior produtor de robusta do mundo, a safra 2011/12 deverá ser 10% maior que a passada, atingindo 20,6 milhões de sacas de 60 kg. O motivo do crescimento na produção vietnamita, ainda segundo o USDA, seria o aumento dos investimentos no país e a conseqüente melhor produtividade nos cafezais locais. Além disso, o Vietnã deverá ser beneficiado por um bom regime de chuvas, diferente do ocorrido no ano passado.

No Brasil, o USDA estima que a produção de robusta deve aumentar cerca de 1,8 milhão de sacas, atingindo o recorde de 14,5 milhões de sacas, com o clima favorecendo a produtividade – em maio, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a produção brasileira de robusta em 11,36 milhões. Agentes capixabas, por sua vez, acreditam que o volume produzido no Brasil será entre os dois valores oficiais – em torno de 13 milhões de sacas de 60 kg.

Fonte: Cepea/Esalq USP

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