Apex e BSCA firmam parceria para aumentar exportação de café especial

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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) vão assinar no próximo dia 21, em Três Pontas, Minas Gerais, convênio do Projeto Setorial “Brazilian Specialty and Sustainable Coffees”. O programa tem a meta de promover as exportações brasileiras de cafés especiais, sobretudo o grão cru.

Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da BSCA, disse que os recursos disponibilizados giram em torno de R$ 3 milhões. Desse total, 80% vêm da Apex e o restante de empresários associados à BSCA. Entre as principais ações estão a participação em feiras internacionais, concursos de qualidade de café, além de parcerias com instituições de cafés especiais da Europa e Estados Unidos para trazer formadores de opinião e compradores ao Brasil. O primeiro grupo, dentro do projeto, deve desembarcar no Sul de Minas Gerais no próximo mês. São americanos especializados em torra de café, muitos pela primeira vez no país. No próximo ano, deve ser feito um campeonato de baristas em parceria com países nórdicos.

De acordo com Nogueira, existe ainda muito espaço para o crescimento das exportações de café cru especial, já que o mercado para o produto industrializado é mais complexo, pois as torrefadoras nos países preferem industrializar o produto no local, de acordo com suas preferências de ponto de torra. Além disso, em momentos de crise econômica, os consumidores acabam sendo mais seletivos.

Outro ponto favorável ao Brasil, na avaliação dela, é a queda na produção da Colômbia, tradicional exportadora de cafés de alta qualidade. Apesar disso, a percepção do consumidor final ainda é de que o produto colombiano é melhor que o do Brasil, um conceito construído por quatro décadas pela Colômbia. Segundo Nogueira, é preciso mudar essa ideia. “Nós estamos no mesmo nível de qualidade do café colombiano”, resume.

De acordo com a diretora-executiva da BSCA, os preços médios dos cafés especiais tem um ágio de 20% a 100% sobre o valor do produto tradicional. Nos cafés de concursos de qualidade, o preço chega a ser 400% superior ao valor de mercado.

De janeiro a maio deste ano, o Brasil exportou 2,68 milhões de sacas de café diferenciado, categoria em que os especiais se encontram. O volume representou 30,8% do total embarcado pelo país no período, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Fonte: Valor Econômico

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