Apesar da cautela no mercado de café, negócios na Femagri devem superar edições anteriores

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No sul de Minas Gerais, cafeicultores têm certeza que a seca já deixou prejuízos para a produção. Mesmo assim, a reação dos preços do café no mercado está contribuindo para o fechamento de bons negócios na Femagri, feira de máquinas e equipamentos voltados para o setor que acontece em Guaxupé (MG).

O movimento intenso de produtores em uma época de fazer novos investimentos atraiu mais de 100 empresas especializadas em todos os tipos de produtos, máquinas e equipamentos que atendem todas as etapas da produção de café. No primeiro dia da 13ª edição do evento, sete mil pessoas compareceram. A Femagri tem como principal meta aproximar os mais de 11.500 cooperados da Cooxupé, visitantes e produtores das novidades de mercado e modalidades que viabilizam a produção e o cotidiano cafeeiro.

O produtor até se empolga com as ofertas, mas o momento é de grande preocupação. Segundo o cafeicultor Jose Bernardo Pereira, a seca está prejudicando a cultura, o café está murchando e secando por dentro.

Na mesa operadora de negócios da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a compra pode ser feita usando o café como moeda em até três safras para pagar. O produtor Mario Lúcio Rodrigues já fechou negócio.

– Comprei uma picadeira e estou para negociar também mais um soprador, uma derriçadeira. Vamos aproveitando os preços, mas temos que ir devagar porque não sabemos como vai ser essa seca. Daqui pra frente pode ser que não tenhamos café na qualidade pra entregar – relatou Rodrigues.

Apesar da cautela com relação ao mercado e à produção, a feira está surpreendendo os organizadores em movimento de produtores e volume de negócios.

– Comparativo aos dois últimos anos, temos 40% a 45% a mais de negócios em 2014. Com certeza, vamos ter um movimento de pessoas muito próximo, mas um volume de negócios bem maior – afirmou o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado, Jose Eduardo Santos Junior.

Nos terreiros de café, o trabalho para fazer a secagem, a cada safra, exige mão de obra e 21 dias, em média, para mexer os grãos. A feira está divulgando um projeto que foi desenvolvido pela Cooxupé em parceria com uma empresa de pesquisa e reduz para sete dias o tempo de secagem e elimina a mão de obra. A chamada revolvedora de café foi criada especificamente para atender a pequena propriedade.

O equipamento roda cinco minutos e para por uma hora, em um processo que não para durante sete dias. Tem a capacidade de secar 240 sacas por safra. A dimensão foi baseada na realidade da cafeicultura brasileira mais de 200 mil cafeicultores produzem até 200 sacas por ano.

Veja a reportagem completa:

Fonte: Canal Rural

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