Anastasia reitera a Dilma preocupação com crise no café

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O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), reiterou nesta quarta-feira, 23, à presidente Dilma Rousseff, ao recepcioná-la na Base Aérea do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), na região da Pampulha, antes de ela cumprir agenda oficial em Belo Horizonte, a preocupação com a crise que atinge o setor cafeeiro. De acordo com Anastasia, as medidas anunciadas pelo governo federal ainda não surtiram efeito e os produtores se encontram numa "situação dramática".

 

No encontro, ficou acertado que ele encaminhará a Dilma nesta sexta-feira, 25, um documento expondo o quadro atual da cafeicultura em Minas. Serão reiterados os principais pedidos do setor, que abrangem, basicamente, a prorrogação das dívidas e a diminuição da disponibilidade do produto, por meio da compra de sacas. "A presidente pareceu-nos muito sensibilizada com a situação dos cafeicultores e se comprometeu a avaliar as propostas para o setor", disse.

Crise

Segundo a assessoria do governo de Minas Gerais, em abril, Anastasia já havia encaminhado um ofício à presidente requerendo à administração federal a elevação do preço mínimo da saca de 60 quilos do café, de R$ 307,00 para um patamar não inferior a R$ 350,00, "a fim de que o cafeicultor mineiro possa cobrir o custo de produção, que hoje atinge esse patamar na maioria das regiões produtoras". Em maio, o preço mínimo foi reajustado para R$ 350,00, mas, conforme os produtores, o valor ainda não é suficiente para cobrir os custos de produção. A título de comparação, em 2011 a saca de 60 quilos de café chegou a ser negociada por R$ 530,00.

Minas é responsável por 51,4% da safra nacional, com uma produção estimada para 2013 de 25 milhões de sacas. O setor cafeeiro representa o principal produto do agronegócio mineiro e o segundo item mais importante da pauta de exportações de Minas. Somente em 2012, as vendas externas do café produzido em Minas Gerais somaram US$ 3,8 bilhões, equivalentes a 48% das vendas internacionais de todo o agronegócio mineiro.

Fonte: Agência Estado

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