Alta do dólar: preço do pó de café deve subir em 3% e 4% em dez dias

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A disparada do dólar, que neste mês acumula alta de quase 16%, já começou a ter impacto nos preços em reais das matérias-primas. De resinas plásticas a alimentos, como trigo e café, a tendência é de elevação de preço. A pressão do dólar no orçamento pode estar mais perto do consumidor do que ele imagina, isto é, na primeira refeição do dia.

“Com certeza o preço da farinha de trigo vai subir no mês que vem”, afirma Luiz Martins, presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo, que representa os moinhos. Ele explica que metade do trigo consumido no País é importado e, com o dólar mais alto, os moinhos terão de desembolsar mais pelo grão, cotado em dólar na Bolsa de Chicago.

O aumento do preço da farinha de trigo certamente deve ter impacto no preço do pãozinho. O café é outro alimento que também já tem aumento de preço encomendado. “Com a mudança do patamar do câmbio, o preço do pó de café deve subir em 3% e 4% em dez dias”, calcula Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, que representa 90% das exportações de café. Braga pondera que o principal efeito da disparada do câmbio recai sobre os preços domésticos do produto, uma vez que a conjuntura internacional desfavorável para as economias desenvolvidas pesa negativamente sobre os preços em dólar.

Fonte: AgnoCafe

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