Agropecuária sustenta emprego em Minas
O setor agropecuário mineiro continua registrando saldo positivo na geração de empregos. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em abril, o saldo do setor ficou em 4.269 no mês. O início da colheita da safra de café, a demanda maior no setor de sucroalcooleiro e o período de safra de várias frutas e olerícolas foram os principais fatores para alavancar as vagas no Estado.
De acordo com a coordenadora da Assessoria Técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, a agropecuária vem apresentando vários resultados positivos nesta época do ano, inclusive na geração de empregos. "O agronegócio tem sido o alicerce da economia mineira ao apresentar resultados positivos. Além disso, a atividade requer emprego maior da mão de obra", explica.
Segundo dados do Caged, em abril, o total de admissões somou 16.833, enquanto as demissões ficaram em 12.564, gerando saldo de 4.269. No primeiro quadrimestre, o total de trabalhaores rurais admitidos somou 58.798 e as demissões 52.655, gerando saldo de 6.233.
O resultado observado pelo setor em abril também foi mais favorável se comparado a março, quando o saldo de empregos somou 3.815. A tendência é que o trabalho no campo continue em alta. "O resultado positivo observado em abril e no acumulado dos primeiros quatro meses se deve ao período de safra de vários produtos. A tendência é de manutenção do saldo positivo ao longo dos próximos meses, já que teremos a intensificação da colheita de café, o que demanda maior volume de mão de obra, principalmente no Sul de Minas e na Zona da Mata, regiões que concentram a produção do grão em montanha e o uso da mecanização é menor", ressalta.
Ainda segundo Aline, o processo de contratação de mão de obra para atuar na colheita do café se intensifica de maio e vai até setembro. A cultura da cana-de-açúcar, que está em plena safra, apesar da maior mecanização, também vem demandando volume considerável de trabalhadores.
Frutas – A produção de importantes frutas e olerícolas também está em alta, o que também demanda maior volume de trabalhadores principalmente nos campos de cenoura, chuchu, couve-flor, beterraba e berinjela. Conforme Aline, os empregos na agropecuária respondem por 20% da População Economicamente Ativa (PEA) do Esado e deve continuar gerando vagas, já que a mão de obra é essencial na produção agrícola e pecuária.
"Por mais que se utilizem tecnologias e máquinas para ordenha, na colheita de café e da laranja, por exemplo, a mão de obra é essencial no campo. E em Minas Gerais buscamos, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), levar oportunidades de capacitação aos trabalhadores do campo, o que é fundamental para melhorias do sistema de produção. Por serem gratuitos e abrangerem várias áreas, os treinamentos do Senar criam diversos mecanismos para que os produtores e a população rural permaneçam no campo, produzindo com maior eficiência e obtendo lucro com a atividade", enfatiza Aline Veloso.
Fonte: Diário do Comércio