Agricultores de Extrema buscam Emater-RO para orientar o cultivo de café clonal

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O dia de campo é uma técnica metodológica para facilitar a transmissão de tecnologias agrícolas

Os agricultores dos distritos de extrema e Nova Califórnia, na ponta do abunã, participam de dia de campo sobre a cultura do café, o principal interesse dos produtores rurais no evento, realizado pela Emater – RO, são as informações sobre o crescimento dos índices de produtividade da lavoura cafeeira, depois da introdução de novas cultivares clonais, que além de oferecerem maior qualidade de grãos e bebida, produzem até três vezes mais que as variedades tradicionalmente cultivadas.

O dia de campo é um método de reunião onde os técnicos da Emater-RO e de outros órgãos como Embrapa e Idaron apresentam aos agricultores, divididos em grupos, informações e soluções tecnológicas para facilitar o manejo e melhorar o desempenho das culturas . No caso de Extrema, o evento foi sediado na propriedade da senhora Alice Andrade Pego que iniciou seu plantio de café clonal com assistência técnica da Emater-RO em 2016.

O colonos pioneiros que chegaram na Ponta do Abunã, ainda na década de 80, trouxeram sementes das variedades de café plantadas por eles em outras regiões do estado ou em seus estados origem, as variedades mais conhecidas eram café mundo novo, catuaí e Sumatra da espécie Arábica, e cafés dos dois principais grupos da Coffea Canephora, Conillon e Robusta.

Como em todo o estado de Rondônia, nos distritos da Ponta do Abunã, predominaram as variedades de Café Canephora, principalmente o Conillon, apelidado pelos produtores de Canelão, estas lavouras, alcançavam produtividades medias abaixo de 30 sacas por hectare e, em pouco tempo, a maioria entrou em declínio e foi abandonada ou substituída por pastagens, dizem os agricultores.

Com o desenvolvimento da técnica da clonagem do café, a cultura tem provocado novo interesse nos produtores, que têm buscado orientação da Emater-RO para o cultivo de clones mais produtivos de café.

O primeiro agricultor a plantar café clonal no distrito de Extrema foi Ireneu Ferreira, na linha dois, ramal do café. Ele diz que plantou um hectare e colheu já no primeiro ano sete latões de café maduro, no segundo ano colheu 390 latões, e no terceiro ano mil e dois latões, considerando-se que 15 latões de um café bom, dá um saco de café limpo, a produtividade alcançou 66,8 sacas por hectare, quase três vezes a produtividade média alcançada pelos cafezais seminais (originários de sementes).

No dia de campo dessa terça (30) participaram cerca de 100 agricultores, a maioria cafeicultor, que manifestam interesse em cultivar os clones demonstrados pelos técnicos do escritório local da Emater-RO e pela pesquisadora da Embrapa Acre, Dr Aureny Maria Pereira, que testou os clones da Embrapa Rondônia, comprovando a eficácia destes, nas condições de solo e clima de Rio Branco, cidade mais próxima de Extrema do que Porto Velho.

Os clones registrados pela Embrapa Rondônia, são tolerantes a algumas doenças comuns na região e que podem limitar a capacidade produtiva das plantas, como a ferrugem, mancha manteigosa e cercosporiose, além do nematoide de galhas.

Os produtores foram alertados durante o dia de campo a adquirem mudas de viveiros certificados pela Agencia Idaron, para evitar transportar pragas para a propriedade, enfatizou o fiscal da Idaron Dr Luis Emilio, que falou ainda sobre os cuidados no uso de defensivos e no recolhimento das embalagens.

“A produtividade do café na propriedade sede do dia de campo nesta safra foi de 75 sacas por hectare”, disse o engenheiro agrônomo Mario Newman, responsável pela assistência técnica à lavoura. A gerente local da Emater-RO em Extrema Edivania Ramos e o gerente regional Hilton Uchoa encerraram o dia campo convidando os presentes para um delicioso almoço.

Por Enoque de Oliveira/Secom/Rondônia Dinâmica
Fonte: Peabirus

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