Acabou nesta terça-feira a avaliação do café brasileiro em NY

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Encerrou-se as manifestações dos participantes da Bolsa de commodities de Nova York -a ICE- para definir a participação ou não do café brasileiro nas negociações da entidade. Pelo menos 19 países entregam café na Bolsa nova-iorquina. O Brasil está fora da lista. Primeiro, porque Colômbia e países da América Central nunca quiseram a participação do país.

Segundo, porque o próprio Brasil só agora começa a elevar a produção de café lavado, o negociado na Bolsa. O café recebido desses países é certificado pela Bolsa e passa a fazer parte dos estoques, sendo utilizado nas liquidações físicas dos contratos futuros.

Guilherme Braga, do Cecafé, diz que a Bolsa voltou a reestudar a participação de café brasileiro nas negociações futuras porque há uma redução de café lavado da Colômbia e dos países da América Central. Além disso, os preços do mercado físico estão acima dos praticados na Bolsa.

Com isso, não há entrada de café para a formação de estoques. Silvio Leite, da Agricafé, diz que a possível participação do Brasil na Bolsa agora se dá em contexto diferente do das tentativas anteriores. Desta vez, a movimentação parte das principais tradings que operam em Nova York. Sem café, a Bolsa perde importância, diminui liquidez e dificulta as operações de hedge dos investidores.

Braga lembra que, mesmo que a Bolsa venha a certificar o café brasileiro, as entregas do produto só ocorreriam nos contratos futuros a serem criados. Ou seja, demoraria pelo menos dois anos. 

Fonte: Folha de S. Paulo

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