A popularização do grão gourmet

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Estudo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) indica que o consumo de café gourmet cresceu 21,3% em 2010. O documento Tendências de consumo de café também revelou que o consumo da bebida fora de casa cresceu 307%. Em 2003, representava 14% do consumo total, saltando para 57% em 2010.

Outro dado importante é sobre a intenção dos brasileiros de pagar mais por um bom café: 45% dos entrevistados disseram ter tal disponibilidade. Para Rodrigo e Rafael Branco Peres, diretores do Café do Centro – maior torrefadora de grão gourmet e especiais do país –, esses resultados demonstram que o café gourmet deixou de ser um produto relacionado apenas à alta gastronomia e a cafeterias. “Outros estabelecimentos, como postos de gasolina, escritórios, consultórios e pequenos negócios, vêm passando a servir apenas café gourmet. Além disso, o consumidor final está cada vez mais ávido por qualidade. Informações sobre a origem do café, como foi colhido, qual a variedade do grão, o sabor, o corpo e o nível de acidez, que antes eram pouco relevantes, se tornaram fundamentais para apoiar a decisão de compra”, afirma Rodrigo Branco Peres.

Apesar da alta nos preços, o público de café gourmet é fiel às marcas e sabe distinguir um produto diferenciado. De acordo com a Abic, o segmento de cafés finos e diferenciados, embora represente ainda a menor parte do consumo geral da bebida, cresce de 15% a 20% ao ano e está sendo impulsionado principalmente pelas cafeterias. Em 2010, o segmento gourmet correspondeu a algo em torno de 4% do mercado, o equivalente a 800 mil sacas, com uma participação entre 6% a 7% na receita, o que significa um volume de R$ 380 milhões.

Fonte: Revista Globo Rural

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