A estratégia da Coca-Cola para a Matte Leão
O produto será vendido inicialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Em setembro poderá ser encontrado no e-commerce e a partir de janeiro de 2017 em outras cidades do país.
O lançamento do Café Leão está marcado para o início das Olimpíadas. Como a Coca-Cola é patrocinadora dos jogos, ela tem o direito de vender bebidas prontas para beber dentro do parque olímpico.
Cerca de 20 máquinas estarão espalhadas pelo local, para moer e servir a bebida aos visitantes.
A ideia de entrar no mundo dos cafés já vem de 2014, quando a empresa de bebidas fez pesquisas internas para direcionar sua expansão.
Depois de conversar com baristas, exportadores e produtores, a Coca-Cola decidiu comercializar grãos selecionados de café arábica, que normalmente são destinados à exportação.
A marca Matte Leão foi a escolhida para o lançamento desse produto, já que a empresa percebeu que ela tinha uma conexão grande com o mundo das infusões.
”Além disso, é uma marca forte, com tem uma história de mais de 115 anos no Brasil”, afirmou Sandor Hagen, vice-presidente de novos negócios da Coca-Cola Brasil.
Segundo Renato Fukuhara, diretor de marketing de novas categorias, o chá mate e o café são bebidas muito parecidas. “Leva tempo para preparar, tem um ritual de passo a passo envolvido no consumo dessas infusões”, disse.
Mais do que só refrigerantes
O lançamento do Café Leão faz parte de uma ampla estratégia da Coca-Cola de diversificar a sua atuação no mercado de bebidas.
Em 2006, a empresa no Brasil praticamente só vendia refrigerantes. Nesses dez anos, ela lançou as marcas Crystal, de água, e Powerade, de isotônicos.
Além disso, comprou a Matte Leão e a Del Valle e, mais recentemente, a Ades e a Verde Campo, empresa brasileira de lácteos, como queijos, iogurte e derivados de leite.
Lançou novos produtos para cada uma dessas marcas, que atingiram um alcance muito maior por causa da logística e distribuição da Coca-Cola.
Mas isso não era o suficiente para a gigante de bebidas. Há dois anos, a companhia fez uma pesquisa interna e descobriu que havia espaço nos mercados de leites e de café.
No mercado de leites, a companhia escolheu por adquirir uma empresa que já tivesse experiência. O segmento é mais complexo, já que o produto tem uma vida útil mais baixa e precisa ser transportado em caminhões refrigerados.
Já no mercado de cafés, os grãos vêm de pequenos agricultores de Minas Gerais e do Espírito Santo e selecionados e torrados pela Real Café, do grupo capixaba Tristão.
“A gente tinha necessidade de velocidade nesse lançamento, por isso escolhemos trabalhar com um parceiro nesse momento”, disse Fukuhara.
Fonte: EXAME.com (Por Karin Salomão)
Não acredito que mudou sua estratégia. Ganhou share, e aproveitou sua malha logística.
Ao adquirir estas empresas , a Coca Cola não teve que mudar a sua missão porque a Coca Cola vende muito em todo o mundo e continua a crescer suas vendas no Brasil.
Acredito que ela viu a oportunidade de aumentar seu portifolio e assim crescer ainda mais no setor de bebidas.